Quando o silêncio se instala, você é o tipo de pessoa que tenta preencher o vazio com conversa fiada sobre o tempo? Você se sente desconfortável em estar em um ambiente com alguém - um vizinho, um colega de trabalho ou um amigo - e não encontrar nada além de silêncio entre vocês?
Conversas triviais não contribuem em nada, e são as conversas inteligentes e profundas que permitem construir relacionamentos mais fortes. Pelo menos, é o que afirma Justin Bariso, palestrante, consultor especialista em inteligência emocional e autor do livro "Inteligência Emocional para o Dia a Dia".
“Conversas casuais podem ser prejudiciais à construção de relacionamentos”, afirmou ele à revista Inc., acrescentando que “elas são superficiais e não permitem uma conexão real”. Portanto, ele propõe ser “a pessoa mais interessante da sala” e, para alcançar isso, como Dale Carnegie afirma em seu livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, para que os outros se interessem pelo que você tem a dizer, primeiro você precisa se interessar por eles.
A maneira de fazer isso começa com a escuta ativa e, em seguida, com perguntas abertas sobre eles. “Se você aspira a ser um bom conversador”, aconselhou Carnegie, “seja um ouvinte atento… Lembre-se de que as pessoas com quem você conversa estão cem vezes mais interessadas em si mesmas, em suas necessidades e em seus problemas do que em você e nos seus problemas.”
Uma maneira perfeita de demonstrar interesse, que também evidencia uma inteligência emocional acima da média, é usar a frase "Conte-me mais". De acordo com Matt Abrahams, professor da Stanford Business School e palestrante experiente, essa frase simples nos permite conectar com a outra pessoa quase que imediatamente, porque demonstramos interesse por ela e ela sente nossa empatia.
Em contrapartida, conversas banais ou informais, que Bariso define como "conversas casuais sobre assuntos sem importância", não criam nenhum tipo de vínculo, nem fortalecem o relacionamento. Na maioria dos casos, esses papos sobre o tempo e o trânsito servem apenas para preencher um silêncio constrangedor, mas não têm absolutamente nenhum impacto.
A conversa pode ser aprimorada se seguirmos o conselho de Lorraine K. Lee, especialista em comunicação e palestrante profissional que ministra cursos no LinkedIn Learning e na Stanford Continuing Studies. Ela afirma que podemos usar a inteligência emocional para encontrar profundidade em um bate-papo informal que, à primeira vista, parece não levar a lugar nenhum.
O segredo é usar os fios condutores da conversa para evitar que ela se esgote e elevá-la a um nível superior. Curiosamente, essa técnica usa os fios condutores para incentivar a outra pessoa a falar mais e a nós a ouvir. Quem sabe, talvez o verdadeiro segredo para uma conexão genuína esteja em ouvir um pouco mais.